Grad – VA – Iniciação Ciêntífica

Iniciação Científica

Fazer iniciação científica é uma excelente forma de aproveitar ao máximo sua graduação. Essa experiência não só permite que você se aprofunde em uma área específica do conhecimento, como também desenvolve competências fundamentais para a prática profissional em engenharia: o rigor científico, a capacidade de formular e testar hipóteses, e a habilidade de apresentar e discutir resultados de forma crítica.

Nesta página, você encontrará orientações para começar sua trajetória na pesquisa: como encontrar um orientador, como funcionam as bolsas, como submeter um projeto e como participar mesmo como voluntário. Se você tem curiosidade, iniciativa e vontade de aprender, a iniciação científica pode ser o seu próximo passo.

Primeiro passo: encontrar um orientador

O primeiro passo para iniciar sua trajetória na pesquisa é encontrar um orientador. Para isso, comece refletindo sobre quais temas ou áreas da engenharia mais despertam seu interesse.  mecânica dos sólidos, engenharia de materiais, térmica e fluidos, mecatrônica, manufatura, projetos mecânicos, modelagem computacional, engenharia ambiental, entre outras. Pense também se você prefere um trabalho mais teórico, conceitual ou de modelagem/simulação, ou se prefere um trabalho mais prático, mão-na-massa, experimental.

Com isso em mente, explore o corpo docente da FEM: no site da faculdade, você encontrará a lista de professores  organizados por departamento e área de atuação. Visite os sites pessoais e currículos Lattes dos docentes para entender melhor suas linhas de pesquisa. Uma dica é observar os artigos publicados recentemente e, principalmente, os temas das orientações já realizadas, como trabalhos de iniciação científica e TCCs. A seção “Orientações” do currículo Lattes costuma trazer essas informações de forma clara. Essa seção vai te dizer que tipo de trabalho esses professores tem orientado recentemente, e te dar uma ideia do tipo de trabalho que você poderia desenvolver com eles.

Depois de identificar alguns possíveis orientadores, entre em contato por e-mail ou pessoalmente. Apresente-se, compartilhe suas áreas de interesse, fale um pouco sobre suas habilidades e desempenho acadêmico, e mostre sua motivação para participar de projetos de pesquisa. Essa aproximação é o primeiro passo para abrir as portas da iniciação científica.

Tópico de pesquisa

Você não precisa ter um tema definido para começar sua iniciação científica. Ao procurar um orientador, o mais comum é que ele já tenha algumas linhas de pesquisa em andamento e possa sugerir tópicos específicos para você trabalhar. Vocês vão conversar, avaliar se o tema te interessa e, juntos, definir um assunto que desperte o interesse dos dois.

O orientador será seu guia ao longo de todo o processo: vai te ajudar a entender melhor o tema, indicar leituras iniciais, definir os objetivos do projeto e esclarecer dúvidas. Ele também vai te orientar sobre os prazos importantes, oportunidades de bolsa e os procedimentos formais para registrar seu projeto. O mais importante nesse início é ter disposição para aprender e se engajar com o trabalho proposto.

Bolsas

É possível receber uma bolsa durante seu trabalho de Iniciação Científica, o que pode ser uma forma importante de apoio financeiro e valorização do seu esforço. A concessão da bolsa depende de três fatores principais: o currículo do orientador, a qualidade do projeto de pesquisa e, principalmente, o seu desempenho acadêmico.

As duas principais agências que oferecem bolsas de IC são:

  • FAPESP: oferece bolsas de R$ 1.080/mês, com duração de 12 meses e possibilidade de realizar estágios de até 4 meses no exterior. É uma bolsa bastante prestigiada e muito concorrida. Para concorrer, é necessário ter excelente desempenho acadêmico: sem reprovações e com Coeficiente de Rendimento (CR) entre os mais altos da turma. As solicitações podem ser feitas a qualquer momento do ano, por meio do orientador.
  • PIBIC (CNPq/PRP/Unicamp): oferece bolsas de R$ 700/mês, também com duração de 12 meses. Exige bom desempenho acadêmico, mas há possibilidade de conseguir bolsa mesmo com alguma reprovação no histórico. Os editais para seleção de propostas PIBIC costumam abrir entre o fim de abril e o começo de maio, com bolsas começando a partir de agosto. Por isso, é recomendável procurar um orientador entre novembro e dezembro do ano anterior, para que haja tempo suficiente para definir o tema e elaborar a proposta.

Além dessas, podem surgir outras oportunidades menos comuns, com recursos de projetos específicos ou programas internos da universidade. Seu orientador poderá te informar sobre essas possibilidades.

Se você ainda não tem bom desempenho acadêmico ou está enfrentando dificuldades no curso, saiba que é possível fazer iniciação científica sem bolsa, como aluno voluntário. No entanto, vale refletir com cuidado: a IC exige cerca de 10 horas de dedicação por semana. Se você já estiver com dificuldades em acompanhar as disciplinas, talvez seja melhor estabilizar sua rotina acadêmica antes de assumir esse compromisso adicional. Converse com seu orientador e veja qual é o melhor momento para você iniciar essa jornada.