Grad – Coord – Nucleo Docente Estruturante

O conceito de Núcleo Docente Estruturante (NDE) foi criado pela Resolução 01 de 17 de junho de 2010 da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES), um órgão colegiado de coordenação e supervisão do Ministério da Educação (MEC). O NDE de um curso de graduação é um grupo de docentes do curso responsável por auxiliar na concepção, consolidação, atualização, e acompanhamento do projeto pedagógico do curso. Ele é composto por professores designados pela instituição de ensino, experientes e qualificados no campo de estudo do curso. A criação do NDE nos cursos de graduação da Unicamp é recomendada pela Resolução GR-030/2012, de 19 de junho de 2012.

Devido ao excesso de trabalho técnico e burocrático envolvido na manutenção do funcionamento dos cursos, e também devido aos seus mandatos curtos, as coordenações e comissões de graduação nem sempre têm a oportunidade de se debruçar sobre questões mais gerais, abrangentes, e de longo prazo, como a filosofia pedagógica e a visão da instituição sobre o ensino de graduação, e as mudanças necessárias para a evolução dos cursos. Algumas dessas questões são:

1. O que é excelência no ensino de engenharia?
2. Nossos engenheiros estão preparados para atacar desafios globais atuais?
3. Nossos objetivos quanto à formação de engenheiros estão alinhados com os da sociedade que nos financia?
4. Atividades extracurriculares devem ser incentivadas?
5. Como criar um ambiente de aprendizado diverso e inclusivo?

As experiências de universidades por todo o Brasil indicam que a existência de um NDE pode ter um papel facilitador de grandes mudanças no projeto pedagógico de seus cursos de graduação, como aquelas motivadas pela curricularização da extensão e em atendimento às novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do MEC.

O NDE da FEM é um grupo de docentes autônomo, voluntário, permanente e autogerido, criado para se dedicar a questões gerais, abrangentes, e de longo prazo, como as exemplificadas acima.

O NDE da FEM/Unicamp tem as seguintes atribuições:

1. Contribuir para a construção do projeto pedagógico do curso;
2. Contribuir para a consolidação do perfil profissional do egresso do curso;
3. Contribuir para a integração curricular interdisciplinar entre as diferentes atividades de ensino constantes no currículo;
4. Sondar financiamento interno e externo para atividades de ensino e atividades de extensão voltadas ao ensino de graduação, e
5. Contribuir para estabelecer uma postura pró-ativa da FEM quanto a mudanças pedagógicas e curriculares sobre o ensino de graduação.

Não fazem parte das atribuições do NDE as atribuições que já são de responsabilidade das coordenações e comissões de graduação, como manutenção da grade horária, elaboração de pareceres, e demais atividades rotineiras relativas ao funcionamento dos cursos em andamento.

O NDE da FEM/Unicamp tem as seguintes características:

1. É um grupo único para a faculdade, responsável pelos cursos de engenharia mecânica e engenharia de controle e automação, respeitando as particularidades de cada curso, mas refletindo em ambos os cursos a visão da faculdade;
2. É um órgão assessor e colaborador da coordenação de graduação dos cursos de engenharia mecânica e de controle e automação, trabalhando sobre as demandas dessas, mas também estabelecendo sua própria pauta de objetivos, em consonância com o item 5 acima;
3. É composto por no mínimo 5 e no máximo 7 docentes do quadro permanente da FEM, em dedicação voluntária, não-remunerada e não-gratificada, e com mandato de dois anos, sendo permitido recondução;
4. Cabe às comissões de graduação indicar os docentes participantes do NDE. Sua participação deverá ser aprovada pela congregação;
5. Ambos os coordenadores de curso da FEM fazem parte permanente do NDE;
6. Tem renovação parcial de seus membros, para garantir a continuidade dos trabalhos entre diferentes composições do grupo;
7. Tem autonomia para organizar suas atividades como reuniões, eventos, etc.;
8. Tem autonomia para convidar, selecionar, e organizar as atribuições de seus membros, sendo recomendado que seu presidente não seja coordenador de graduação em exercício;
9. Tem autonomia para organizar sua pauta de atividades além daquelas solicitadas pelas coordenações de graduação, e
10. Não tem poderes de decisão e deliberação, devendo suas propostas seguir o processo de deliberação através da comissão de graduação.