Planejando o consumo
de energia elétrica através de programas de
difusão de tecnologias mais eficientes [1]
Gilberto
De Martino Jannuzzi
Professor-Livre
Docente
Coordenador
do Programa de Pós-graduação em
Planejamento
Energético
Universidade
Estadual de Campinas
Resumo
É objetivo deste
trabalho chamar atenção sobre vantagens para
a sociedade associados à implementação
em larga escala de programas de administração
de demanda (DSM) junto a consumidores de energia elétrica.
Esses programas implicam em um significativo desembolso de
investimentos por parte das companhias de eletricidade que
analisariam essas opções de maneira competitiva
com os tradicionais investimentos na expansão do parque
de geração de energia. Para novos grandes consumidores
de energia, esses programas implicam também em se requerer
um Relatório de Impacto Energético onde se analisaria
os benefícios para esse consumidor e para a sociedade
de investimentos em aumento de eficiência energética.
Para o presente trabalho
foi elaborado um modelo em planilha de cálculo considerando
de maneira bastante disagregada os usos finais de eletricidade
e subsetores econômicos dos setores residencial, comercial
e industrial do Estado de São Paulo e da Região
de Campinas. A partir do ano base de 1990, dois cenários
principais foram criados: um que mantém as características
tecnológicas dos equipamentos, outro assumindo uma
substancial substituição de tecnologias nos
diversos usos finais considerados.
É feita uma
avaliação econômica dos custos de cada
substituição proposta e comparam-se os investimentos
necessários para atender aos requisitos de demanda
de ambos cenários, que por sua vez assumem as mesmas
determinantes sócio-econômicas.
Os resultados são
avaliados em termos de custos médios incrementais para
o setor elétrico em função de demanda
(US$/kW) e energia (US$/kWh) , impactos no faturamento e investimentos.
São apresentados os resultados dos cálculos
realizados para o Estado e São Paulo para o ano 2000.
Introdução
As falácias
das projeções oficiais de demanda de energia
Historicamente as
projeções sobre o consumo futuro de energia
realizadas pelo setor elétrico tem sido muito superiores
aos valores verificados e isso tem implicado, por exemplo,
no adiamento de construção de usinas elétricas.
Pinguelli, 1992 demonstra que a Revisão do Plano 2010
da Eletrobrás realizado em 1989 adiou 66 obras de hidroelétricas
por mais de 3 anos e 35 por mais de 5 anos.
Insistentemente representantes
do setor elétrico brasileiro vem se manisfestando que
segundo suas previsões deverá haver um déficit
de energia no Estado de São Paulo a partir de 1996/97
(Ref. ZZ). Essas previsões nunca foram discutidas publicamente.
O Plano 2015 elaborado
pela ELETROBRÁS é o melhor exemplo que temos
no país em termos de planejamento energético
setorial e contempla nessa versão a participação
da conservação de energia nas suas projeções
de mercado futuro da eletricidade. Não cabe aqui uma
discussão aprofundada sobre a metodologia utilizada
nesse plano, mas observamos que não é apresentada
nenhuma consideração mais quantitativa sobre
como deverão ser viabilizados os montantes de conservação
apresentados. É ainda muito mais frágil esse
tipo de consideração comparado com os demais
estudos realizados sobre as diversas possibilidades de se
produzir eletricidade no país.
Investimentos em
programas de conservação de energia
Investimentos de companhias
brasileiras em programas de conservação são
extremamente baixos [2]
e acreditamos que não se estejam usando os recursos
disponíveis de maneira a minimizar os custos da energia
para a sociedade postergando a necessidade de novas obras
de geração. Praticamente não se tem avançado
em nenhuma escala significativa no desenvolvimento de métodos
para avaliação de retorno econômico de
programas de difusão de tecnologias mais eficientes
e tecnicamente consolidades e inclusive já sendo produzidas
no país.
Um levantamento realizado
em 1990 entre 363 companhias de eletricidade norte-americanas
com vendas anuais superiores a 120 GWh indicam que com um
total de investimentos de US$ 1,2 bilhões foram economizados
17 TWh e evitados 24 GW no período de pico. Esse investimento
representou 0,7% do faturamento com vendas de eletricidade
(Ref. x) . O Programa Nacional de Conservação
de Eletricidade dispendeu no seu melhor momento quase US$
6 milhões em 1988, valor que foi decrescendo até
que em 1992 chegou a menos de US$ 2 milhões (Tabela
1).
Tabela 1: PROCEL: Investimentos
em Conservação de Eletricidade (em 10 3 US$)
ANO |
ELETROBRAS |
PME |
Concessionárias |
Total |
1986 |
0 |
4 897 |
0 |
4 897 |
1987 |
495 |
942 |
327 |
1764 |
1988 |
2969 |
1013 |
1960 |
5942 |
1989 |
2249 |
1004 |
1484 |
4737 |
1990 |
900 |
146 |
594 |
1640 |
1991 |
1274 |
0 |
841 |
2115 |
1992 |
1186 |
0 |
782 |
1968 |
NOTA: PME= Programa
de Mobilização Energética.
FONTE: Leonelli, 1993
Ao contrário
que muitos pensam um programa de conservação
de energia é muito mais imortante economicamente pela
quantidade de kW que ele ajuda evitar.
Medotologia de projeção
utilizada e dados
São considerados
tres setores de consumo de energia: setor residencial, comercial
e industrial. Para cada um deles são considerados subsetores
conforme a Tabela A.1 (Anexo A). A projeção
é realizada para cada setor levando se em conta variáveis
que consideramos refletir as principais características
de consumo elétrico e atividade econônmica.
Para o setor residencial
são usadas informações sobre crescimento
populacional e distribuição dos domicílios
por faixas de renda, posse de equipamentos, consumo e potência
média dos equipamentos por faixas de renda. Essas informações
se baseiam em diversas pesquisa de campo realizadas por empresas
do setor elétrico e outras publicações.
Para o setor industrial
as estimativas sobre usos finais de eletricidade foram realizadas
baseadas em informações da Agência . São
utilizadas como variáveis para projeção
o crescimento do PIB industrial de acordo com cada subsetor
estudado, elasticidades eletricidade-PIB para cada subsetor
(baseado no Plano 2015) [3]
, índice de eficiència dos equipamentos
e fator de coincidência com o pico.
Para o setor comercial
foi feita uma estimativa de consumo e fpotència instalada
por unidade de área construída e para cada setor
baseando-se em levantamentos realizados e na literatura. Foi
realizada uma projeção de crescimento de área
construída utilizando-se as informaçóes
disponíveis sobre o crescimento do PIB para esse setor.
Os custos de conservar
energia e evitar a demanda em período de pico foram
baseados em publicações. (Ref 2 e 3 e 4).
O grande trabalho realizado
para poder considerar de maneira os usos de energia em subsetores
mais homogêneos, se prende ao interesse em melhor se
quantificar os efeitos de mudanças de caracteríscticas
no estoque de tecnologias. Outro fato se prende também
ás possibilidades de mudanças na prórpia
estrutura econômica, que deve ser considerada de maneira
dinàmica. No presente trabalho mantivemos constantes
as participações no PIB do setor.
A partir das informações
referentes ao Ano Base de 1990, dois cenários foram
elaborados ambos considerando as mesmas hipóteses de
crescimento dos parâmetros econòmicos ou sociais,
mas diferindo nas características de consumo de energia
elétrica. Assim, por exemplo, se manteve a mesma penetração
de eletrodomésticos para o setor residencial nos dois
cenários, mas em um deles se reduziu o consumo de energia
elétrica. Um cenário se caracterizou, portanto
na manutenção de das eficiências atuais
(cenário Ef. Atual) de uso de energia e em outro se
aumentou a eficiência (cenário Ef. Tecn.). Foram
consideradas somentes oportunidades de melhoramento técnico
existentes com tecnologias presentemente produzidas no país.
Resultados para o
Estado de São Paulo
Energia elétrica
e capacidade instalada
O total de energia
elétrica consumido no ano projetado seria de 101,4
TWh se forem mantidas as mesmas características dos
equipamentos existentes nos tres setores de consumo analisados
(Cenário Tendencial). Isto representa um crescimento
anual de 5,16% a partir do ano de 1990, valor compatível
com a projeção realizada pelas companhias estaduais,
que é de 104,4 TWh (Ref.[xx]). Isso decorre porque
estamos também assumindo as mesmas taxas de crescimento
para os parâmetros sócio econômicos. Para
atender a esse consumo de eletricidade necessitaríamos
de uma capacidade instalada equivalente a 16,7 GW do sistema
interligado. Ainda, associado a esse consumo teríamos
uma demanda máxima em horário de pico de 20,6
GW, ou seja um crescimento anual de 5,75% com relação
a 1990. O crescimento da demanda de pico um pouco maior que
o consumo reflete um aumento na posse de eletrodomésticos
no setor residencial e da utilização de energia
pelo setor comercial.
Se admitirmos uma substituição
de tecnologias nos diversos usos finais considerados na direção
de equipamentos que utilizam eletricidade mais eficientemente
(Cenário Eficiência Tecnológica) o consumo
total do estado no ano 2000 poderia ser de 75,3 TWh, mantendo
o mesmo crescimento econômico e populacional do cenário
anterior. Esse valor é cerca de 25% menor e representa
uma taxa média de crescimento do consumo de eletricidade
de 2,08% ao ano. Isso equivale a uma capacidade instalada
equivalente a 12,4 GW para atender as necessidades do estado
de São Paulo e uma demanda máxima de 15,6 GW.
Investimentos e
custos de produção de eletricidade
As estimativas dos
custos para o setor elétrico atender as necessidades
de eletricidade foram feitas assumindo valores de referência
para o custo de produção, transmissão
e distribuição de energia para cada um dos setores
analisados [4] e também
um custo médio de US$ 2300 para cada quilovate adicional
necessário para atender a demanda em horário
de pico. Os resultados do Cenário Tendencial implicam
em um custo anual de US$ 11 bilhões para a produção
de eletricidade e um custo de US$ 27 bilhões para construir
a capacidade instalada adicional necessária para atender
a demanda de energia. O custo médio do quilovate-hora
produzido no ano 2000 seria de US$ 0,11, e cada quilovate
adicional instalado custaria US$ 2300.
Os custos do Cenário
de Eficiência Tecnológica incorporam os custos
necessários para se promover um uso mais eficiente
de energia para cada setor, além dos custos de produção
e aumento da capacidade instalada. Nesse caso teríamos
que um total de US$ 8,3 bilhões seriam necessários
para produzir (e conservar) eletricidade e outros US$ 19 bilhões
seriam gastos para aumento da capacidade para atender os requisitos
de pico. Esses valores indicam que o custo médio de
produção cairia para US$ 0,08/kWh e cada quilovate
de capacidade adicional custaria US$ 933.
É importante
analisar os reflexos de diferentes valores de consumo de eletricidade
no faturamento do setor elétrico. Programas de Eficiência
vão significar menores vendas de eletricidade e de
acordo com a realidade tarifária isso pode afetar de
maneiras diferentes as receitas advindas dos diversos setores
de consumo, além de terem diferentes implicações
para empresas Distribuidoras e Geradoras de eletricidade.
Assumindo que a tarifa média vingente no ano base é
de US$ 0,07 e que ela tivesse um aumento real de 57% chegando
no ano 2000 com o valor médio de US$ 0,11, teríamos
um faturamento de cerca de US$ 10,7 bilhões para o
Cenário Tendencial e de US$ 8 bilhões para o
Cenário de Eficiência Tecnológica.
Além de vender
quilovates-hora, o setor elétrico também comercializa
contratos de demanda, ou seja, se vende também quilovates.
Assumindo um valor médio de US$ 800/kW para o ano base
e US$ 1500 para o ano 2000, isso significa um faturamento
de US$ 18 bilhões para o Cenário Tendencial
e de US$ 14 bilhões para o Cenário de Eficiência
Tecnológica.
Um balanço entre
a receita das vendas de kWh e kW com os custos de produção
indicam um saldo negativo para o setor elétrico nos
dois cenários. Segundo os valores assumidos a recuperação
tarifária não é suficiente para cobrir
os gastos de produção de eletricidade. No entanto,
o Cenário de Eficiência implica em uma substancial
redução dessas perdas, que passam de US$ 9,4
bilhões do Cenário Tendencial para US$ 5,4 bilhões.
O Cenário de Eficiência indica que haveria um
prejuízo maior para as empresas que vendem kWh ( o
prejuízo é de US$ 350 milhões comparado
com US$ 198 milhões do outro cenário), em contrapartida
o benefício dos investimentos em eficiência seria
sentido na redução da necessidade de capacidade
instalada. Os setores que demonstram maiores benefícios
para o setor elétrico resultantes de investimentos
em eficiência são os setores residencial e comercial.
Os resultados apresentados
são fortemente dependentes das hipóteses realizadas
quanto aos custos futuros e dos valores que poderão
ser praticados pelas tarifas de eletricidade. No entanto,
parecem indicar que maiores investimentos em Programas de
Eficiência Energética poderão significar
benefícios para o próprio setor elétrico.
Tabela 2: Resultados
da Projeção para o Estado de São Paulo
TOTAL GERAL
Ano Base
P1
P2 AB-P1 AB-P2
1990 2000 TT 2000
ET % ano % ano
========================================================================================
energia
TWh
61.3 101.4
75.3 5.16%
2.08%
pot. pico
GW 11.8
20.7
15.6 5.75%
2.83%
capacidade
instalada necessária
p/
consumo anual GW(*) 10.1
16.7 12.4
5.16% 2.08%
custos
anuais (US$ bilhões)
produção
(total)(**)
5.06 10.95
8.34 8.03%
5.12%
capac.
adic. pico(***) 0 27.5
19.3
US$/kWh
0.08 0.11
0.08 2.72%
-0.04%
US$/kW
2000 2300
933 1.41%
-7.34%
faturamento
(US$ bilhões)
tarifa
US$/kWh
0.07 0.11 0.11
tarifa
US$/kW 800-1000
1500 1500
energia
4.6 10.7 8,0
demanda
6.6 18.3 14.2
total
11.2 29.0 22.2
balanço
para o setor elétrico (US$ bilhões)
energia
-0.5 -0.5 -0.3
demanda
6.6 -9.2 -5.0
total
6.1
-9.4 -5.3
========================================================================================
NOTAS:
AB= ano base, P1= cenário tendencial, P2= cenário
de eficiência tecnológica;
(*) assumindo
o mesmo perfil de demanda hor ria do ano de 1991 e margem
de reserva de 5%;
(**) inclue
os custos de produção de energia e custos de
conservação (cenário P2);
(***) inclue
os custos para investimento em aumento de capacidade instalada
e os custos para se evitar a demanda adicional através
de investimentos em eficiência energética.
Considerações
sobre políticas de incentivos ao uso eficiente de energia
Não acreditamos
que melhorias de eficiência no uso de energia ocorram
espontâneamente a partir de iniciativas dos consumidores.
A larga experiência internacional no assunto mostra
que sem a participa+ão das companhias de energia, do
governoe das prórias indústrias de equipamentos,
a criação de um mercado para esses produtos
mais eficientes não se viabiliza de maneira significativa.
No Brasil observamos
que importantes consumidores de energia como o próprio
setor elétrico e o governo não consideram o
desempenho energético como critério de compra
de equipamentos para consumo prórpio, ou mesmo especificações
para construções de seus edifícios que
proporcionem menores requisitos durante a vida útil
dessas edificações.
Programas de eficiência
podem ser importantes elementos de geração de
novos empregos também. Eles devem criam uma demanda
por serviços técnicos especializados para a
realização de auditorias, consultores para elaboração
de projetos, desenvolvimento de softwares nacionais
para auxiliar nas especificações de projetos,
técnicos para manutenção de equipamentos.
Um levantamento mais rigoroso sob esse aspecto ainda não
foi realizado, mas somos de opinião que esses programas
podem ter papel importante na geração de empregos,
da mesma maneira como freqüentemente se associa esse
fato à instalação de novos empreendimentos
de geração de energia. É possível
demonstrar, por exemplo, que a operação de uma
fábrica de lâmpadas compactas fluorescentes é
capaz de gerar o mesmo número de empregos fixos diretos
por MWh/ano de energia conservada [5]
que uma usina termoelétrica com um investimento
inicial 32 vezes menor (Jannuzzi, 1992).
Considerações
finais
O exercício
realizado para o estado de São Paulo demonstra ser
possível evitar uma consideravel capacidade instalada
sem prejuízo da atividade econômica e a custos
competitivos com aqueles necessários para novas usinas.
Consideramos ainda
inadequado o tratamento dado às possibilidades de introdução
de políticas de uso mais eficiente de energia como
elemento para planejar a demanda futura de serviços
de eletricidade.
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Contribuição à busca do equilíbrio
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pura , Texto para Discussão, Sociedade Brasileira
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1992. Plano 2015: Perspectivas do Mercado e da Conservação
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2(9), October 1992. F.P.Sioshansi (editor), Menlo Park, CA
, EUA.
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comunicação pessoal, 17/02/93.
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Suprimento de Energia Elétrica ao Estado de São
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CESP/Eletropaulo/CPFL,
1991. Mercado de Energia Elétrica do Estado de São
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ELETROBRÁS,
1992. PLANO 2015: Perspectivas do Mercado e da Conservação
de Energia Elétrica . Rio de Janeiro.
A.C.Bonini de Paiva,
presidente CESP, em correspondência ao presidente da
Câmara Municipal de Piracicaba (Ref. OF/P/760/93), 22/04/93.
Jannuzzi, G., et.
alli. , 1993. Estimativas do consumo de eletricidade
para o ano 2000 para o Estado de São Paulo e Região
de Campinas, considerando possíveis modificações
no estoque de tecnologias. Relatório de Projeto
financiado pela The Althon F. Jones Foundation e The Tides
Foundation.
ANEXOS:
Anexo
A: Estrutura setorial e de usos finais considerados
Tabela
A.1: Subsetores considerados na análise
0-2
SM
Residencial
faixas de renda 2-5
SM
5-10
SM
+
10 SM
peq.
com., s. público,
Comercial
subsetores lojas,
aliment.,
bancos,
escritórios,
hotéis,
outros
metalúrg.,
n. metál.,
Industrial
subsetores alimentos,
textil,
químico,
papel&cel.,
outros
Tabela
A.2: Usos finais considerados para os setores estudados
Setor
Residencial Setor
Comercial Setor Industrial
iluminação incand. A iluminação
iluminação
iluminação
incand. B ar
condicionado força
motriz
iluminação
fluorescente aquec.
de água proc. eletroquímicos
geladeiras
cocção
elétrica aquec.
direto
congeladores
(freezers) refrigeração
proc. aquecimento
cocção
elétrica outros
outros
ar
condicionado
chuveiro
elétrico comum
chuveiro
elétrico + aquec. solar
aquecimento
solar
televisão
ferro
de passar roupa
outros
notas:
Iluminação incandescente: A (pouca intensidade
de uso), B (muita intensidade de uso)
[1]
Neste trabalho
utilizamos as expressões ,
ou
de maneira equivalente.
[2]
A Companhia
Energética de Minas Gerais - CEMIG, uma das empresas
que mais tem investido em programas e projetos de conservação
de eletricidade declara que gasta anualmente nessas atividades
cerca de 0,12% de seu faturamento. Ref. x.
[3]
Essa informação
é utilizada para gerar o cenário TT.
[4]
Foi assumido
um custo médio de 0,10 US$-kWh para o setor comercial,
0,15 US$-kWh para o setor residencial e 0,09 para o setor industrial.
[5]
Assumindo-se que as lâmpadas produzidas
anualmente substituiriam lâmpadas incandescentes no
setor residencial.
|